Energy Connection

EnglishPortuguês

A importância da coletividade na mobilidade urbana

Dalila Lapuse é Cicloativista e Engenheira Ambiental pela Universidade Federal do Paraná. Seu contato com o tema Mobilidade Urbana foi através do Programa de Extensão chamado Ciclovida. Ela pedala desde a infância e em 2011 começou a utilizar a bicicleta como modal principal. É entusiasta de práticas reducionistas que visem qualidade de vida e melhorias ambientais.

Para Dalila Lapuse, uma cidade para se desenvolver, ela precisa fluir. E isso se dá, principalmente, pelo o ir e vir de seus habitantes. A cidade é feita pelas pessoas e elas precisam fazer uso dela. “Desse modo, eu vejo a mobilidade urbana como uma das prioridades do Mundo Contemporâneo e como fator determinante para a qualidade de vida da população, pois a cidade não existe sem as pessoas.”, ressalta Dalila Lapuse.

Nossa convidada ainda comenta que quando se pensa em sustentabilidade, o que logo vem à mente são práticas alternativas e fontes renováveis. A geração atual de pessoas já é muito mais consciente sobre a ideia de compartilhamento e da redução dos combustíveis fósseis; sobre a necessidade de quebrar o estigma do individual e incentivar o coletivo, o que faz surgir dessa forma a demanda de oferecer uma maior integração das pessoas com a cidade. Assim, uma das primeiras práticas a se investir é em transporte coletivo eficiente, de qualidade, que emita concentrações baixas ou nenhuma de poluentes para a atmosfera e que garanta aso seus usuários conforto e segurança com valores viáveis de tarifa para utilização. Além, é claro, o incentivo de modais que sejam reducionistas, por exemplo andar a pé – caminhar- e o uso da bicicleta.

Dalila Lapuse acredita que a grande tendência para um futuro próximo é a desconstrução da cultura do automóvel, o uso de modais que gerem menos resíduos e emitam menos poluentes e o desenvolvimento de tecnologias de baixo custo e sustentáveis.

Como exemplo, ela comenta que Curitiba foi a pioneira e continua sendo exemplo de transporte coletivo eficiente. Outras práticas que colaboraram para a melhoria da mobilidade na cidade foram: construção de ciclovias, ciclofaixas e ciclorotas; vias expressas exclusivas para os ônibus e o uso dos aplicativos de intermediação digital de transporte privado, como por exemplo o da Uber, que estimulam o compartilhamento e diminuem a quantidade de veículos nas ruas.