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Como acelerar a transição energética?

Todo processo de transição é complexo e não linear, mas ainda assim, as mudanças são necessárias para a evolução da humanidade.

De acordo com estudos apresentados no Plano Nacional de Energia 2050, o atual processo de transição energética tem sido embasado no desenvolvimento sustentável, mitigação das mudanças climáticas e inovações tecnológicas associadas à Era da Conectividade.

A economia de baixo carbono e o incentivo ao uso mais eficiente dos recursos energéticos têm sido estratégias globais adotadas em prol da transição energética. Ainda, é importante destacar que a digitalização de processos e serviços exerce um papel fundamental na transição energética, principalmente quando tratamos de fontes alternativas de forma descentralizada.

Sabendo que a matriz energética brasileira já é predominantemente renovável, como podemos acelerar a transição energética nacional?

De acordo com a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), a transição energética envolve a implantação acelerada de eficiência energética e tecnologias de energia renovável, requerendo INOVAÇÃO SISTÊMICA em todos os setores da cadeia. Novas tecnologias, rearranjos políticos e regulatórios, novas linhas de investimento, fomento ao P&D aplicado, entre outros aspectos são fundamentais para que essa transição ocorra de forma sustentável.

A inovação do setor energético é algo que deve ser estimulado de forma contínua, integrada e em colaboração com diversos atores da cadeia, desde agentes públicos, grandes empresas privadas, universidades, startups e o próprio consumidor. Esta inovação deve ir além da pesquisa aplicada. É necessário incentivar o desenvolvimento de novos modelos de negócio alinhados a políticas públicas estruturadas e linhas de fomento acessíveis. Ainda, a inovação tecnológica deve estar alinhada às demandas sociais para promover o crescimento das energias renováveis ​​e a eficiência energética adequadas às potencialidades territoriais.

Incentivar a cultura da inovação e o intraempreendedorismo fará com que todos nós, de certa forma, façamos parte dessa mudança.

Além do incentivo à expansão da participação de fontes renováveis alternativas como eólica, solar e biomassa na matriz energética nacional é necessário buscar a integração do sistema de energia em redes inteligentes e micro redes.

A eletrificação dos meios de transportes urbanos, aliados ao desenvolvimento de biocombustíveis como o biometano, hidrogênio verde e bioquerosene para abastecimento de meios onde a eletrificação não será possível reforça a necessidade da descarbonização em prol da redução das emissões de gases de efeito estufa e atingimento das metas globais estipuladas no Acordo de Paris.

Por fim, aliado a todos os aspectos já citados anteriormente, a desburocratização do setor pode contribuir com o objetivo de tornar a energia limpa mais acessível a todos os brasileiros.

Falando sobre ecossistemas de inovação, atualmente, o Brasil possui mais de 12 mil startups e é o terceiro do ranking mundial em empresas unicórnios (startups que superaram o valor de mercado de 1 bilhão de dólares).

De acordo com um estudo recente realizado pela Liga Ventures foram mapeadas 189 startups atuantes no setor de energia, especialmente, focadas em criar soluções que tragam oportunidades para o melhor uso e acesso da energia elétrica (para conhecer mais: https://insights.liga.ventures/estudos-completos/energia-inovacao/). Apesar desse número ser ainda tímido, os grandes líderes do setor de energia têm aberto suas portas para interagir, cada vez mais, com os ecossistemas de inovação para impulsionar a transição energética.

Assim, é possível facilmente afirmar que o Brasil apresenta um enorme potencial para ser o grande líder da transição energética global, não só pela renovabilidade de sua matriz, mas também, pelo ecossistema inovador que cresce de forma acelerada e promissora.

Vamos JUNTOS acelerar a transição energética da sua região?

Texto elaborado por: Renata Abreu – CEO & Founder NRGHub