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O MEU, O SEU OU O NOSSO ECOSSISTEMA?

Uma chamada um tanto quanto provocativa, não acha? Isto te deixou motivado? Ou desconfortável? Independente da reação que você teve, o fato é que estamos sendo convidados a AGIR JUNTOS… e AGORA!

Não podemos falar de Cidades Inteligentes sem destacar os fatos atuais relacionados ao COVID-19 que vêm impactando a vida das pessoas ao redor do mundo. O meu propósito aqui é convidar você a refletir sobre este momento que estamos passando (e eu digo passando, porque vai passar. Só não sei a que custo).

Uma cidade inteligente destaca a sustentabilidade, gestão eficiente, planejamento urbano, tecnologias e acesso à informação, inovação, integração social e qualidade de vida como algumas das principais premissas para um desenvolvimento econômico, social e ambiental equilibrados e adequados às necessidades das próprias pessoas. Ao falar sobre necessidades nos tempos atuais podemos perceber drasticamente uma mudança, de paradigmas inclusive. Observa-se um movimento de mudança de propósito global, onde o MEU interesse ou a SUA necessidade deixam de ter relevância.

Você já parou para pensar que um dia você veria a AMBEV deixando de produzir cerveja para produzir álcool em gel? Ou grandes corporações financeiras como Bradesco, Itaú e Santander juntas pelas pequenas empresas? E ainda, empresas como TIM, Vivo, Claro e Oi unidas em prol do bem estar social? Que países do mundo todo decretariam estado de emergência e calamidade sem estarmos em “guerra”? E mais ainda, impediriam as pessoas de saírem de suas próprias casas? Já parou para pensar que algo tão “insignificante e desconhecido” vem colocando à prova o poder das grandes nações e nos coloca todos JUNTOS para agir em prol do NOSSO ecossistema?

Quando falo de ecossistema, me refiro desde o seu local de trabalho, sua empresa, sua rede de amigos, seu condomínio, seu bairro, sua cidade, seu país e até mesmo o planeta Terra.

Demagogias a parte, estamos enfrentando um momento de crise não apenas sanitária ou econômica, mas acima de tudo, uma crise de valores. Em meio a algumas (ou muitas) negligências e irresponsabilidades, somos desafiados, de forma emergencial, a preservar a nossa própria existência, a cuidar do meu, mas também do seu… a cuidar do NOSSO.

Mesmo em meio a apatia de alguns ou indiferença de outros, esta crise, se assim podemos denominar esta pandemia, nos convidou a perceber e enxergar a realidade dos fatos e mais profundamente, nos convidou a senti-la. A falta de infraestrutura ou condições de sobrevivência básica adequadas despertou em muitos a solidariedade, a compaixão e a necessidade de replanejamento dos centros urbanos. A impossibilidade de sair de casa nos fez desenvolver habilidades tecnológicas, estimulou nossa criatividade e nos incentivou a prática do locavorismo, ou o consumo dos produtos locais.

A escassez, de alguma forma, nos fez perceber a abundância de desafios e oportunidades que temos em nosso ecossistema. A partir deste senso coletivo e comum (que de certa forma, ultimamente, estamos sendo obrigados a desenvolver), esta necessidade global une nações em prol de um esforço comum. E assim, começo a acreditar que mesmo em face a todo desafio social e econômico que enfrentaremos teremos mais clareza (ou pelo menos deveremos ter) de COMO poderemos sobreviver e preservar o NOSSO ECOSSISTEMA.

Enviado por: Renata Abreu